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quarta-feira, 12 de maio de 2010

A MONTANHA


- Waldemar Nicliewicz _

A vida pode ser comparada à conquista de uma montanha. Como a vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso. Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.

No momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais
árduo vai se tornando o caminho. Chegando a uma primeira etapa, necessitamos
de toda a força para prosseguir. O importante é perseguir o ideal: chegar ao
topo.

À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As
paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores,
as rochas pontiagudas desafiando o céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão
pequenas... É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles
que já foram superados são do tamanho daquelas casinhas. Pode acontecer que
um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo.
Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de
uma pedra.

É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados,
feridos a ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem
e nos cura os ferimentos. Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a
recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende
ao amigo que nos puxa para a subida.

Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia. Por
vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O
que nos salva é o equipamento certo para este momento. Depois vêm as
tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as
dificuldades que ainda não superamos.

Se escorregarmos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas
habilidades para parar e voltar de novo. Se cairmos num buraco de falsidade
de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar
sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.

Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer,
cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem. Não desistir nunca
de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao
topo da montanha. Para os alpinistas, os mais altos picos são os que mais os
atraem. Eles desejam alcançar o topo e se esmeram. Preparam-se durante
meses. Selecionam equipe, material e depois se dispõem para a grande
conquista. Todos nós temos um desejo, um sonho, um objetivo, um verdadeiro
Everest. E este Everest não tem 8.848 metros de altitude, nem está entre a
china e o Nepal, este Everest está dentro de nós.

"É preciso ir em busca deste Everest, de nossa mais profunda realização".

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