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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ÁRVORE DE NATAL
Árvore - símbolo do Natal
Árvore - símbolo do Natal


A árvore de natal, um dos principais símbolos natalinos, é mais antiga que o próprio sentido do Natal, Jesus Cristo. Aproximadamente dois milênios antes do nascimento de Cristo, os povos indo-europeus já utilizavam árvores com um fim religioso, pois criam que elas eram uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza.

Algumas tribos pagãs da Alemanha consideravam os carvalhos como árvores santas, por isso realizavam, debaixo dessas árvores, sacrifícios humanos oferecidos ao deus Odin. Uma das histórias diz que São Bonifácio, tentando acabar com esse costume pagão, cortou um carvalho que, quando caiu, fez cair todas as árvores próximas a ele, com exceção de um pequeno pinheiro; fato considerado um milagre, pois o pinheiro simbolizaria o menino Jesus.

Quando a árvore de natal tinha um caráter pagão, as pessoas a enfeitavam para que, depois da queda das folhas no inverno, os espíritos das árvores voltassem. Da mesma forma, os cristãos passaram a ter o mesmo costume, no entanto, essas decorações possuem um caráter diferente, significa alegria, bondade, amor, benção de Cristo.

A partir do século XVI, várias famílias alemãs passaram a decorar seus pinheiros, resultando em um costume que passou por várias gerações. A partir do século XIX a tradição chegou à Inglaterra, França e Estados Unidos. No século XX virou tradição na Espanha e América Latina, virando costume até mesmo em países de clima tropical.

(Fonte: http://www.brasilescola.com/natal/arvore-natal.htm)


A você, caríssimo(a) leitor(a),  que vem prestigiando meu blog com sua valorosa atenção, desejo

UM FELIZ NATAL e um ANO NOVO repleto de Alegrias, Vitórias, PAZ e muuuito AMOR!!!

Meus mais sinceros agradecimentos por sua presença aqui e espero poder contar com você por toda a jornada de 2013 que, com a graça de Deus, será magnífica para todos nós.

Bjs

Sandra hasmann

sábado, 1 de dezembro de 2012



Trombose de viajante

Mirian Ribeiro

A morte do ator e diretor Marcos Paulo no domingo (11) chamou a atenção para um problema que muita gente desconhece: a embolia pulmonar, uma situação potencialmente fatal, considerada uma das principais emergências médicas. O quadro pode se instalar se a pessoa for acometida por Trombose Venosa Profunda, ou TVP, uma enfermidade caracterizada pela formação de coágulo dentro de uma veia. A embolia acontece quando um fragmento do coágulo se desprende e obstrui a chegada do sangue ao pulmão - fenômeno parecido com o que ocorre no infarto e no acidente vascular cerebral (AVC).

Uma origem comum para a formação dos coágulos são as longas viagens - seja carro, ônibus e
, principalmente, avião -, que obrigam a imobilidade prolongada das pernas, por isso a doença também é conhecida por "trombose do viajante". "Qualquer voo com mais de quatro horas aumenta em cinco vezes o risco de uma trombose em uma pessoa normal", disse o cirurgião vascular Francisco Osse, diretor do Centro Endovascular de São Paulo.

No caso de Marcos Paulo, além da viagem de Manaus ao Rio de Janeiro feita no dia 11, havia também o histórico de câncer (o artista retirou um tumor do esôfago em 2011), considerado outro fator de risco, da mesma forma que o tabagismo e o uso da pílula anticoncepcional. "Tudo que facilite a coagulação do sangue aumenta o risco", apontou Roberto Stirpulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Quando suspeitar e como prevenir
A trombose costuma causar dor, inchaço e vermelhidão na perna acometida, que pode também ficar quente. Porém em muitos casos não há um sinal de doença da perna. Já a embolia pulmonar se manifesta como falta de ar que começa abruptamente, dor no peito e tosse que pode ter eliminação de sangue.
Se o fator desencadeante é o longo período de imobilidade, cuidados simples podem evitar o problema: caminhe ao longo da aeronave ou do ônibus para exercitar a panturrilha; nas paradas dos ônibus desça e ande; no caso de não poder ou não querer levantar do assento, um exercício muito útil é flexionar os pés para cima e para baixo no tornozelo, sem mexer as pernas. Esse exercício contrai a musculatura da perna simulando o efeito da caminhada e deve ser feito repetidas vezes.

De automóvel, é recomendável a interrupção periódica da viagem para "esticar as pernas". Não se esqueça de beber bastante água, usar roupas leves e confortáveis e evitar o excesso de álcool, antes e durante as viagens.

O que acontece
O sangue que vem das células de todo o corpo passa pelo pulmão para receber oxigênio - transformando-se de sangue venoso para sangue arterial. De lá, ele vai para o coração e é bombeado para todo o corpo novamente.

Quando uma pessoa passa muito tempo sem andar - ou, principalmente, sem ativar o músculo da panturrilha - a circulação da perna fica comprometida e o sangue tende a coagular. Além disso, o ar seco do ar condicionado faz com que o organismo perca líquido e o sangue fique mais espesso, o que também aumenta a coagulação.

Segundo Francisco Osse, a trombose é mais comum nas pernas, mas pode ocorre em qualquer lugar do corpo. "As veias das pernas são mais largas que a dos pulmões. Por isso, o coágulo não provoca um bloqueio com a mesma frequência que isso acontece nos órgãos respiratórios".

Debbie Schiel /  sxc.hu - Image bank

(FONTE: mensagem recebida via E-mail - desconheço a fonte)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012



10 usos surpreendentes para o som

Vivemos cercados de sons, cada um com um efeito específico: uma música ao estilo “Eye of the Tiger” pode te dar motivação para fazer exercícios, enquanto o som insistente de uma campainha de telefone pode causar irritação; uma risada pode te fazer rir, e um barulho de origem desconhecida pode te assustar  Fugindo um pouco do dia-a-dia, porém, listamos a seguir 10 maneiras curiosas de usar sons.

10 – COMBATER UM TUMORVivemos cercados de sons, cada um com um efeito específico: uma música ao estilo “Eye of the Tiger” pode te dar motivação para fazer exercícios, enquanto o som insistente de uma campainha de telefone pode causar irritação; uma risada pode te fazer rir, e um barulho de origem desconhecida pode te assutar. Fugindo um pouco do dia-a-dia, porém, listamos a seguir 10 maneiras curiosas de usar sons.
Por meio de Ultrassom Focado de Alta Intensidade, pesquisadores do hospital Princess Grace em Londres (Inglaterra) conseguiram destruir células de câncer de próstata em pacientes – as ondas sonoras aqueciam e matavam as células do tumor. A técnica foi usada em 159 homens diagnosticados com esse tipo de câncer e, após um ano, apenas 13 tiveram tumor recorrente (o procedimento levou cerca de 5 horas). Apesar dos resultados animadores, a técnica ainda deve passar por mais testes.
9 – FERVER ÁGUA
Fogo? Micro-ondas? Nada disso: Peter Davey, de 92 anos, morador de Christchurch (Nova Zelândia) usa ondas sônicas para esquentar água. Ele desenvolveu um aparelho capaz de ferver uma boa quantidade do líquido em segundos – e sem produzir vapor. Atualmente, Davey está em busca de parceiros para levar a ideia adiante.
8 – TRATAR FERIMENTOS
Existem diversas técnicas curativas que usam sons, entre elas a terapia MIST, que envolve aplicar uma solução salina sobre o ferimento e emitir ondas sonoras de baixa frequência sobre a região. O tratamento é recomendado para certos tipos de ferimentos, como úlceras de pele causadas por diabetes.
7 – PRODUZIR ALIMENTOS
A ideia de conversar com plantas para fazê-las crescer mais saudáveis foi colocada à prova em 1962 pelo cientista indiano T. C. Singh. Ao invés de conversar, porém, ele colocou música indiana para tocar perto de bálsamos (um tipo de planta, no caso), que cresceram 20% mais e tiveram 72% mais massa do que o normal. O efeito de sons no crescimento de plantas foi testado também em 2004 pela equipe do programa MythBusters, os Caçadores de Mitos, que o consideraram plausível.
6 – REVELAR GEOMETRIA NATURAL
Já ouviu falar em “cimática”? Trata-se, basicamente, do estudo de padrões físicos criados por ondas sonoras em determinados meios, como ar, água e superfícies sólidas. A área de pesquisa é antiga (entre os séculos 16 e 17, Galileu Galilei analisou padrões produzidos pela vibração de corpos), mas vem ganhando mais destaque nas últimas décadas. Espera-se que os avanços na cimática nos ajudem a compreender os efeitos que vibrações sonoras podem exercer sobre nós (e como utilizá-los de modo favorável).
5 – ESTABILIZAR ONDAS CEREBRAIS
Ao criar músicas compostas por frequências sobrepostas específicas, o pesquisador Robert Monroe permitiu que voluntários equilibrassem as oscilações neurais nos dois hemisférios de seus cérebros. Monroe foi um dos pioneiros no estudo dos efeitos do som sobre a consciência humana.
4 – CANCELAMENTO DE RUÍDO
Quem já teve o desprazer de entrar em um ambiente extremamente barulhento certamente apreciaria o sistema de cancelamento de ruído desenvolvido por John Paluska e Meyer Sound: eles gravam o barulho do recinto e o reproduzem “invertido” através de 123 autofalantes, reduzindo o incômodo causado pelo excesso de ruído.
3 – LEVITAÇÃO
Conforme se propagam, as ondas sonoras comprimem e expandem o meio (seja líquido ou gasoso). Quando duas ondas se encontram, cria-se uma interferência e, dependendo da intensidade, essa interferência é capaz de sustentar matéria (uma gota de água, por exemplo). Será que algum dia poderemos fazer uma pessoa levitar usando som?
2 – ECOLOCALIZAÇÃO
Golfinhos e morcegos emitem ondas sonoras que, quando rebatidas, são captadas e os ajudam a “visualizar” o ambiente e antever obstáculos. Atualmente, há especialistas que ensinam pessoas cegas a usar essa técnica de emitir sons e ouvir a reverberação para criar um “mapa” (como faz o super-herói Demolidor), o que pode ajudá-las a ser tornar mais independentes.
1 – ULTRASSONOGRAFIA
Seguindo um princípio similar ao da ecolocalização, aparelhos de ultrassom emitem ondas sonoras e formam uma imagem baseada na reverberação. Graças a essa tecnologia, é possível observar o desenvolvimento de um feto no útero da mãe e analisar os órgãos internos de um paciente sem precisar fazer qualquer incisão.

(FONTE: http://hypescience.com/10-usos-surpreendentes-para-o-som/ )

terça-feira, 6 de novembro de 2012

             

A ARTE DE PASSEAR


O Hábito de Caminhar Pela Natureza
Rompe os Muros Invisíveis da Rotina

Carlos Cardoso Aveline


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O texto a seguir constitui o capítulo 15
do livro “A Vida Secreta da Natureza”,
de Carlos Cardoso Aveline, terceira edição,
Editora Bodigaya, Porto Alegre, 2007,
156 pp. ( www.bodigaya.com.br )

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Navigare necesse, vivere non necesse”, diziam os antigos navegadores. E, de fato, na primeira metade do século 21 não pode haver dúvida de que navegar, ou viajar, é necessário. A ciência moderna demonstrou que viajar é viver, porque tudo o que existe flui em um eterno movimento.

O núcleo de cada átomo do universo é como um pequeno sol em torno do qual navegam elétrons em alta velocidade. Nossa galáxia é regida pela lei do movimento. A própria palavra “planeta”, que vem do grego, significa “errante” ou “viajante”. A terra já foi comparada a uma nave espacial, devido à sua viagem incessante em torno do sol. Além disso, nosso planeta gira em torno do seu próprio eixo, o que dá origem aos nossos dias e noites.

Parece pouco? O sistema solar também está em peregrinação. Ele viaja à velocidade de 960 km por minuto ou 57.600 quilômetros por hora em direção à estrela Vega, a mais brilhante da constelação de Lira. Felizmente, Vega não está parada. Ela se desloca pelo cosmo numa direção e com uma velocidade que garantem pelo menos uma coisa: ela nunca será alcançada por nós. [1]

A mudança e o movimento - tanto internos como externos - são, portanto, o estado natural de tudo o que existe. Qualquer imobilidade ou estabilidade são subjetivas e passageiras. Permanentes são a transformação e a harmonização dinâmica das coisas em todo o cosmo. A cada desarmonia, segue-se uma harmonia maior e mais completa.

Se tudo está em movimento e nada existe fora da dança do universo, não há motivo para que nós queiramos viver permanentemente fechados entre quatro paredes, como se fosse possível existir sem transformar-se. É só quando perdemos o contato com o ritmo natural da vida que o escritório, a fábrica, o apartamento ou a casa passam a funcionar como modernas prisões, ricas em recursos tecnológicos.

Segundo o filósofo Karl Gottlob Schelle, viver continuamente em atmosferas confinadas amolece o espírito das pessoas e enfraquece o seu bom senso.

“O movimento do corpo não é diretamente uma das condições da vida”, escreve Schelle, “e sua ausência não desencadeia irremediavelmente a morte ... mas ele é, no entanto, uma condição indireta. Ele é indispensável para a saúde do corpo e para o bom funcionamento do organismo.” [2]

A preservação da força vital passa pela simplicidade voluntária. Basta caminhar regularmente ao ar livre e conviver com o ambiente natural para recuperar e manter a vitalidade. A antiga arte de passear pela natureza rompe os muros invisíveis da rotina e amplia nossos horizontes pessoais.

É verdade que essa arte meditativa nem sempre precisa ser praticada a pé. A bicicleta e o cavalo são alternativas admissíveis, até certo ponto, porque permitem andar em silêncio, em baixa velocidade, em contato com o vento, percebendo a magia da natureza e participando do mistério da sua paz.

A arte de viver com sabedoria inclui a necessidade de manter o corpo físico saudável e acostumado ao movimento. Isso nos estimula a tomar duas providências. A primeira é incorporar um pouco de trabalho físico à nossa rotina diária. A segunda é adotar o hábito de meditar caminhando. Passear e contemplar a unidade da vida são duas atividades que podem ser feitas ao mesmo tempo. Quando caminhamos pela natureza com o espírito livre de preocupações, nosso sistema nervoso relaxa, o sangue circula com mais força e vitalidade, o cérebro e o coração têm sua vida renovada. Em todo o organismo, a vitalidade flui melhor. Enquanto isso, podemos contemplar o processo da vida ao nosso redor e perceber mais claramente a nossa identidade profunda com os outros seres.

Outra questão é saber o que o caminhante carrega consigo durante o passeio. Afinal, cada espírito humano possui uma espécie de bagageiro. Ali vão inúmeras lembranças, idéias, crenças, projetos, e alguns princípios éticos. Nem sempre carregamos bagagens agradáveis em nosso espírito. Há também feridas e cicatrizes da alma guardadas ali. Uma coisa é certa, porém. O bom passeador não aceita angústias e ansiedades como parte da sua bagagem. Enquanto pedala ou caminha, ele esquece as atividades de curto prazo e expande sua consciência. As preocupações vão desaparecendo junto com as outras formas de apego emocional. Esse processo de relaxamento é ajudado pelas reações bioquímicas que o exercício físico moderado causa naturalmente no corpo humano. O espírito do caminhante se eleva até que um dia ele passa a perceber em todas as coisas o princípio universal do equilíbrio e da harmonia.

É com esse estado de espírito vasto e sereno que devemos caminhar. Aquele que possui uma mente aberta e um coração puro sabe escutar melhor o som do vento nas folhas das árvores. O aprendiz da sabedoria ouve o cântico dos pássaros e aprecia o nascer do sol sem pressa ou apego. Com a mesma tranqüilidade que tem ao observar o vôo de um pássaro no céu, ele vê as ondas de pensamentos e sentimentos no espaço interior da sua própria consciência.

Na verdade, não há uma separação entre o mundo interno e o mundo externo. De um lado, as nossas emoções são influenciadas pelo que está fora de nós. E de outro, sempre julgamos o mundo externo a partir daquilo que carregamos em nossa própria mente e nosso coração.

Há milhares de anos, diferentes tradições religiosas usam longas peregrinações por terras desconhecidas como meio e método para a libertação dos apegos interiores. É preciso abrir mão tanto dos objetos externos como dos conteúdos internos, para conhecer a liberdade espiritual. O budismo, o hinduísmo e o cristianismo têm disciplinas espirituais que incluem o abandono da vida “normal” - feita de hábitos e compromissos - para viajar pelo mundo durante um período indefinido de tempo.

As caminhadas curtas também são parte daquilo que, não por acaso, passou a ser chamado de “caminho interior”. O ato de caminhar era um item básico da vida cotidiana e da disciplina espiritual nas escolas de filosofia do mundo antigo.

Para o cidadão moderno, os passeios a pé, de trinta ou quarenta minutos diários, são exercícios eficientes de meditação e higiene mental. Alguns alegam que não têm tempo para isso. O argumento é compreensível. O hábito de caminhar exige que se abra mão da rigidez e da imobilidade. É necessário renunciar à rotina da pressa emocional para olhar o mundo de outros pontos de vista, enquanto mantemos o corpo em movimento e observamos o fluxo de nossos sentimentos e pensamentos.

A prática do desapego está de tal forma associada à arte de passear que, para o escritor chinês Lin Yutang, “o verdadeiro viajante é sempre um vagabundo, com as alegrias, as tentações e o sentido de aventura que tem o vagabundo. Viajar é andar à toa, ou não é viajar”. Segundo Yutang, “a essência da viagem é não ter deveres nem horas marcadas”. É recomendável esquecer os assuntos pessoais.

Ele acrescenta:

“O bom viajante é o que não sabe aonde vai, e o viajante perfeito é o que não sabe de onde vem. Nem sabe seu nome e sobrenome. (...) É provável que esse viajante não tenha um único amigo em terra estranha, mas, como disse uma monja chinesa, ‘não estimar a ninguém em particular é estimar a humanidade em geral’. Não ter um amigo particular é ter a todos por amigos. Esse viajante, que ama a humanidade em geral, mistura-se com ela e vagueia, observando o encanto das gentes e de seus costumes.” [3]

Defensor da espontaneidade, autor de obras marcadas pelo espírito taoísta, Yutang afirma que o equipamento mais necessário para quem passeia “é um talento especial no peito e uma visão especial debaixo das sobrancelhas”. Ele prossegue:

“O que interessa é saber se o viajante tem coração para sentir e olhos para ver. Se não os tem, suas excursões à montanha são pura perda de tempo e de dinheiro; em compensação, se os tem, poderá conseguir a maior alegria das viagens sem ir sequer às montanhas, mas permanecendo em sua casa e olhando os arredores, e percorrendo os campos para contemplar uma nuvem fugitiva, ou um cachorro, ou uma cerca, ou uma árvore solitária.” [4]

Em meio à natureza, o caminhante renova a sua vitalidade física enquanto medita. Se meditar é expandir a consciência em direção ao que é imenso, sagrado e muito maior que ela própria, então é possível haver meditações inconscientes e involuntárias. E é isso que ocorre quando caminhamos. O convívio com plantas e animais nos ensina que a inteligência universal está por toda parte. Há uma inteligência nas orquídeas. Os pássaros têm sua linguagem. O vento sugere coisas. As árvores são seres evoluídos. Para o escritor Maurice Maeterlinck, cada planta que encontramos pelo caminho é um ser dotado de inteligência:

“Não é somente na semente ou na flor, mas em toda a planta, caule, folhas e raízes, que se descobre, se quisermos inclinar-nos por um instante sobre seu humilde trabalho, numerosos sinais de uma inteligência perspicaz. Lembre-se dos magníficos esforços em direção à luz feitos por galhos contrariados, ou a luta criativa e valente das árvores em perigo.”

E Maeterlinck narra o drama de uma grande árvore situada à beira de um precipício, cuja pedra de apoio caíra, mas que se sustentava miraculosamente lançando novas raízes ao solo para evitar o pior. Espetáculos como esse são relativamente comuns nas margens dos rios atacados de erosão. [5]

Depois de discutir a questão da inteligência dos vegetais e dos insetos, Maeterlinck aborda em poucas palavras um tema central da filosofia esotérica:

“Mas que pouca importância tem, no fundo, a questão da inteligência pessoal das flores, dos insetos ou dos pássaros! Que se diga, a propósito da orquídea como da abelha, que é a Natureza e não a planta ou a mosca que calcula, combina, adorna, inventa e raciocina. Que interesse pode ter para nós essa distinção?”

Na verdade - acrescenta Maeterlinck - também os conhecimentos humanos fazem parte da natureza. Nossas pequenas inteligências pessoais são parcelas de um conjunto maior: “Todos os nossos motivos arquitetônicos e musicais, todas nossas harmonias de cor e de luz, etc., são tomadas diretamente da Natureza”. [6]

Sabendo disso, o bom passeador caminha ou pedala em harmonia com o cosmo, tanto na avenida de uma grande cidade como na beira do mar ou na trilha de um bosque. Ele percebe a unidade da vida e se reconhece como um pequeno ser participante da grande inteligência universal. Por esse motivo, o caminhante sente que nada tem a temer do passado, do presente ou do futuro. Ele vê que, no fundo, a paz comanda a vida - não só aqui e agora, mas também em todas as partes, e sempre.


NOTAS:

[1] “O Livro de Ouro do Universo”, de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Ediouro, 2001, 509 pp., ver p.136.

[2] “A Arte de Passear”, de Karl Gottlob Schelle, Ed. Martins Fontes, SP, 2001, pp. 16-17.

[3] “A Importância de Viver”, de Lin Yutang, Ed. Globo, Porto Alegre, quarta edição, 1959, tradução de Mário Quintana, 360 pp., ver p. 267.

[4] “A Importância de Viver”, obra citada, p. 269.

[5] “La Inteligencia de las Flores”, de Maurice Maeterlinck, Ediciones Nuevo Siglo, Buenos Aires, 1997, 126 pp., ver pp. 13-14.

[6] “La Inteligencia de las Flores”, obra citada, ver pp. 59-60.
 
 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HALLOWEEN


 

Antes de compartilhar com vocês algumas informações sobre a origem dessa festa, quero dizer que acho-a fascinante, acima de tudo pelo seu sentido arquetípico. A mulher, desde a mais remota antiguidade, tem uma forte ligação com a Terra enquanto um "organismo vivo", provedora, "Grande-Mãe", pois, dela fomos criados e a ela retornamos após deixarmos a vida tal qual a conhecemos. Essa "grande-Mãe" precisa ser respeitada, amada, cuidada, pois, ela é  o nosso lar e, portanto, nada como esse tipo de celebração para nos conscientizarmos e/ou nos lembrarmos disso. E por essa razão, hoje preparei bolinhos confeitados coloridos, fiz rabanadas, arrumei uma mesa bem bonita para minhas netinhas se refestelarem com as guloseimas regadas a refrigerante e suco. Elas amaram!!

Agora vou pegar minha "vassoura de bruxa" (daquelas feitas com palha) e, num gesto simbólico,  consagrá-la à Mãe de Jesus e depois varrer toda minha casa, levando a sujeira para fora, limpando cada ambiente em nome de Deus, jogando fora todos os males, doenças, limitações, perturbações, etc. Depois, vou borrifar todos os cômodos  com uma solução de água, mel e um perfume de minha preferencia, invocando a presença dos anjos com Suas Bênçãos, proteção e Luz, afinal, minha casa é Sagrada, é meu Santuário e, como em todo Santuário, deve existir nela bons aromas, beleza e muuuito amor, e isso só é possível se Deus for o convidado principal todos os dias, e Ele merece o melhor de mim, em todos os sentidos...


Em tempo: essa "consagração e ritual" é coisa de minha cabeça, ou seja, não sigo nada além de minha intuição  e vontade. 

Bjs a todos, e FELIZ HALLOWEEN !!!

Sandra Hasmann

 

Etimologia

O primeiro registos do termo "Halloween" é de cerca 1745. Derivou da contração do termo escocês "Allhallow-even" (véspera de Todos os Santos) que era a noite das bruxas. 
Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome atual da festa:Hallow Evening → Hallowe'en → Halloween. Rapidamente se conclui que o termo "Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.
Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica.

História


Um cartão comemorativo do Halloween.
A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era umfestival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").

A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã


A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades doSamhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). 

Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrada com galinhas presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Origem Católica


Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV(† 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".

domingo, 14 de outubro de 2012


A filosofia da dor  

Paulo  Crestani 


 
A International Association for Study of Pain (IASP) define a dor como sendo uma “desagradável experiência sensorial e emocional associada a um dano atual ou potencial do tecido”. O uso da expressão “desagradável experiência” ilustra a única coisa que é irrefutável nas características da dor: subjetividade.
 
 O fenômeno doloroso possui várias dimensões: biológica, psíquica, cultural e espiritual. Devido à confluência de influências na manifestação da dor, podemos inferir que ela nos mostra sentimentos de abandono, de perda, de frustração, de culpa, de desamparo, de angústia, de vulnerabilidade, entre muitos outros. A abordagem da dor deve considerar essa multifatoriedade. Entretanto, inúmeros profissionais desconsideram essa concepção subjetiva da sensação dolorosa baseando a terapêutica apenas em uma relação causa/efeito: um distúrbio provocando dor, e só. Eles não cuidam de um doente que vive uma dor, mas sim de um corpo desvitalizado e despersonalizado, onde os sinais típicos de uma entidade universal, a doença, se expressam diante do glorioso saber médico. Isso é ignorância. Aliás, também pode ser comodismo: é extremamente mais fácil compreender o paciente como uma entidade impessoal, mecânica, inerte, sem história. Dessa forma, a dor seria totalmente explicada cientificamente, facilitando e muito o raciocínio clínico. Entretanto, para nossa alegria, há excelentes profissionais que consideram a dor com uma expressão de desconforto e arranjo defensivo do psiquismo diante da angústia.
 
 Para mim, existem dois tipos de médicos: os extremamente racionais que se aproximam do pensamento racionalista de René Descartes e os, a meu ver, sábios, que “seguem” a filosofia de Maurice Merleau Ponty. A teoria de nenhum desses filósofos versou sobre a questão da dor, e muito menos tinham intuitos ligados diretamente à medicina, mas a filosofia nos permite esse tipo de aventura intelectual.
 
 Para quem leu a palavra “filosofia”, achou chato e pensou em desistir da leitura, não o faça. Primeiro porque não irei explicar as teorias ontológicas dos autores e segundo porque não sei o que significa a palavra ontologia. Brincadeira.
 
René Descartes é fera: mostrou ao mundo uma nova maneira de pensar, inaugurou o racionalismo clássico e rompeu com a medieval tradição escolástica que dominava o conhecimento até então. O modo como produzimos o conhecimento é baseado no método cartesiano: primeiro eu duvido de tudo aquilo que não é claro e distinto, depois verifico, analiso, sintetizo e enumero. É assim que fazemos ciência, o pubmed é cartesiano. O erro de Descartes – aplicando a teoria cartesiana no entendimento e cuidado do paciente -, consiste no dualismo: a separação corpo e alma. O filósofo argumenta que nada do que os sentidos nos dizem é verdade. Ele desconsidera que as nossas experiências e percepções (alma) se comunicam com o (corpo). Desculpem-me os cartesianos, mas considero essa separação impossível. Como manejar um paciente com dor crônica se desconsiderar que as manifestações dolorosas são influenciadas e estão intimamente ligadas às sensações mentais experimentadas?

Cada pessoa vai perceber, reagir e elaborar sua dor de forma particular por meio dessa interação. Por exemplo: caso considere a dor um sinal de covardia, irei negá-la: suportarei a dor em silêncio porque isso é o que um homem deveria fazer. Caso esteja psicologicamente abalado, irei supervalorizá-la. O contexto familiar, financeiro e emocional do paciente diz muito sobre dor e como este sintoma é comunicado ao médico. É justamente isso que muitos profissionais desconsideram, mesmo que de forma inconsciente: separam a dor – manifestação do corpo – das percepções pessoais do paciente – manifestações da mente. Somente se estivermos atentos efetivamente para essa essa interação é que poderemos fazer um atendimento satisfatório.

A dor é um processo extremamente complexo e a terapêutica deve se preocupar não apenas com o alívio sintomático, mas também com as preocupações emocionais do paciente, pois, como diria Zeca Baleiro, “solidão não cura com aspirina”.
 
Maurície Merleau Ponty defende que corpo e alma se inter-relacionam. Para ele não existe diferença entre corpo e alma, entre a consciência e o mundo. Essas instâncias se confundem, o corpo é a própria expressão da mente. O modo como um indivíduo, no caso o doente, percebe o mundo, ocorre pelo entrelaçamento dos sentidos, percepções e consciência. Enganam-se aqueles que acreditam que a visão apenas olha: ela também vê, toca, sente e compreende o mundo. Essa visão se reflete no corpo. Os indivíduos são vivências sensíveis, culturais, sociais e intelectuais, acrescido do outro, do mundo e no mundo. Para o paciente, a dor é tudo isso: expressão cultural, social, sensível. Entretanto, na maioria das unidades de saúde falta conhecimento, habilidade e até interesse no manejo da dor e muitas vezes os esforços daqueles que se empenham no tratamento adequado esbarram nos preconceitos de seus colegas, e em questões de cunho político, social e econômico.
 
A conduta médica de excelência deve verificar a amplitude de fatores que contribuem para a experiência da dor e a influência que ela exerce na vida do doente e de todos à sua volta; deve compreender que corpo e alma se confundem e se influenciam; deve entender que a doença e a dor já não são mais, isoladamente, o alvo do tratamento; deve entrelaçar diversos saberes ampliando o foco de atenção e cuidados para além do paciente, também da família que dele cuida e da equipe que dele trata. Quero terminar o texto com uma frase da canção “Há tempos”, do Renato Russo, que soube cantar a dor como ninguém:
 
“Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira…”.
 
A vizinhança inteira acorda e nós, muitas vezes, nos mantemos surdos.
 
 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As crianças Aprendem Aquilo Que Vivem

"Se uma criança vive criticada, aprende a condenar. 
 Se uma criança vive com maus tratos, aprende a brigar.
 Se uma criança vive humilhada, aprende a se sentir culpada.
 Se uma criança é estimulada, aprende a confiar.
 Se uma criança é valorizada, aprende a valorizar. 
 Se uma criança vive no equilíbrio, aprende a ser justa.
 Se uma criança vive em segurança, aprende a ter fé.
 Se uma criança é bem aceita, aprende a respeitar. 
 Se uma criança vive na amizade, aprende a ser amiga, aprende a encontrar o amor no mundo."

Autor: ( Ir. Germano Rebellatto )

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

UM POUCO DE GRAMÁTICA...
 
 

Infligiu ou infringiu?

Revisado - Reforma Ortográfica

O julgamento do Mensalão, realizado pelo STF (Superior Tribunal de Justiça), define o destino dos envolvidos no maior escândalo da história política brasileira. Contudo, os mensaleiros infligiram ou infringiram a lei?

O julgamento do Mensalão, realizado pelo STF (Superior Tribunal de Justiça), define o destino dos envolvidos no maior escândalo da história política brasileira. Contudo, os mensaleiros infligiram ou infringiram a lei?

Ambos os verbos são empregados no meio jurídico ou quando se remete às questões de direitos e deveres.
 
Dessa forma, se você infringir a lei, o juiz irá lhe infligir uma pena ou uma multa.
Agora pode ter ficado ainda mais confuso, não é? Mas vamos desmistificar essa dúvida.
Infringir é quando alguém transgride, viola, desrespeita uma lei.
Infligir é quando uma pena ou um castigo é aplicado, quando alguém ou algo sofre algum tipo de dano ou prejuízo.

Se você ficar confuso lembre-se de que infringir é quando alguém comete uma infração. Por exemplo: Ele cometeu uma infração de trânsito, ou seja, ele infringiu uma lei.

Veja mais exemplos:
 
a) Se alguém infringir a lei seca, será punido com detenção. (violar)
b) Eles estão presos porque infringiram alguma lei. (desrespeitaram)
c) O juiz infligiu uma pena muito severa aos desordeiros. (aplicou)
d) A seca infligiu a plantação, apenas uma agricultora se livrou dela. (causou dano)

Publicado em: 10/10/2012
Autor: Gabriel Castelar

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Curiosidades da AROMATERAPIA

1 - Com a descoberta do fogo, o homem teve os primeiros contatos com os perfumes que exalavam de alguns arbustos e resinas, quando queimados. De lá para cá, não paramos mais de pesquisar e tentar descobrir ou de criar novas fragrâncias.                                                                  

2 - Você sabia que existem mais de 5.000 tipos de rosas espalhadas pelo mundo e, que ela é considerada a rainha das flores? Para extrairmos 1k de óleo essencial de rosas, necessitamos de 3.000k de flores.

3 - Toda rainha precisa de um rei. O jasmim é considerado o rei das flores perfumadas. São necessários 8 milhões de pétalas ou, 100k de flores de jasmim para se conseguir 1k de óleo essencial.

4 - De onde você imagina que vem a baunilha, tão utilizada na indústria de alimentos e de cosméticos? 
Resposta: Das bagas da Vanilla Planifolia, uma espécie de orquídea bela e sensual. Talvez, por isso a baunilha seja considerada afrodisíaca. 

5 - A indústria cosmética tem uma matéria prima chamada Aminoácidos da Seda, que é extraída do casulo do bicho-da-seda. Este casulo é formado por um tênue fio produzido pela lagarta, mas o curioso é saber que se esticarmos todo fio desse minúsculo casulo, ele medirá cerca de 2.000m de comprimento.

6 - Por que será que o mesmo perfume tem fixação diferente em diferentes pessoas? 
Resposta: Pelas características próprias de cada indivíduo. Tipo de pele, suor, acidez, hábitos de alimentação e higiene, remédios que toma, local onde vive, pois até o clima pode modificar a fixação de um perfume.

7 - Muitas pessoas que usam o mesmo perfume por muito tempo, costumam dizer que o produto já não é mais o mesmo, que ficou mais fraco, pondo em dúvida a qualidade do perfume. Na verdade isso acontece por causa de um fenômeno chamado de Saturação Olfativa, ou Acomodação Olfativa, ou ainda Percepção Olfativa. Está comprovado que com o tempo as pessoas vão se habituando com cheiros do dia a dia e, passam a não percebê-los mais. No caso dos perfumes, tem-se a nítida impressão de que está ficando mais fraco.

8 - A palavra perfume vem do latim, sendo: Per = através, Fumum = fumaça.  

9 - Os povos antigos consideravam os perfumes como símbolo de riqueza e poder, além de forte atrativo e estimulante para amor e desejo. 

10 - Os gregos tinham o hábito de usar uma fragrância em cada parte do corpo.

11 - O primeiro perfume alcoólico surgiu em 1.370. 

12 - A primeira água de colônia foi criada no século XVIII, por Jean Marie Farina.

13 - A França é considerada o berço da perfumaria, sendo Grasse o centro da cultura de flores e Paris o centro da indústria de perfumes. 

14 - Você sabia que o famoso fixador, usado em perfumes, não passa de uma lenda: Na realidade existem notas ou famílias olfativas, que duram mais tempo, são menos voláteis e, aumentam a fixação dos perfumes, mas na verdade são parte integrante de sua composição. Normalmente, as notas de fundo tem essa característica.

15 - Você sabia que o Cravo-da-índia é o botão seco de uma pequena flor cor-de-rosa muito perfumada, que é cultivada há séculos na Ásia, 
e que ele tem propriedades analgésicas? 

16 - O Óleo Essencial de Canela ou Cinnamomum, é extraído da casca da árvore, das folhas e dos frutos. Além do vasto uso culinário, a Canela, como o Cravo-da-índia, é muito utilizada na composição de perfumes. 

17 - É curioso saber que as flores do Ylang-ylang devem ser colhidas ao raiar do dia e, postas para secar imediatamente, para que seu óleo essencial tenha boa qualidade. Esse óleo é utilizado em muitos perfumes famosos, como o Chanel 5. 
Basta uma gota de Óleo Essencial de Ylang-ylang no travesseiro para harmonizar o sono. Talvez por isso, ao indagada por um repórter o quê ela usava para dormir, a celebre Marilyn Monroe respondeu: Apenas duas gotas de Channel 5. 

18 - PERFUME COMO OFERTA DE AMOR: No Antigo Egito, o perfume além de ser símbolo de beleza e status, era oferenda importante para os deuses, mas também era um presente trocado entre os cônjuges para a harmonia familiar. 

19 - O primeiro museu olfativo do mundo foi criado em 1990, por Jean Kerleo, um famoso "nariz". Fica em Versalhes, na França. Lá pode-se encontrar todos os grandes perfumes lançados no mundo desde o século passado.

20 - Cleópatra a rainha do Egito, sabia como ninguém a seduzir os seus  amantes utilizando-se do poder inebriante dos perfumes. Foi assim com Júlio César e Marco Antônio. Ela untáva-se com essências aromáticas da cabeça aos pés e, a cada encontro eles ficavam mais e mais apaixonados. Por isso, Cleópatra ficou conhecida como a primeira mulher a usar os perfumes como armas de conquista. 

21 - Muitos produtos cosméticos cheiram a frutas e doces. A princípio trata-se apenas de algo inusitado, mas esses aromas, em certas ocasiões, no corpo da pessoa certa, podem torná-la irresistível, já que de alguma maneira, são afrodisíacos.

22 - Você sabe dizer o quê há em comum entre charutos, vinhos e perfumes? 
RESPOSTA: Todos esses produtos tem ocasião correta para serem usados, ou seja, dependendo da hora, do clima e do lugar, os tipos variam bastante.

23 - Já ouviu falar em perfume de manteiga? Pois é, a manteiga que se obtém da destilação da Flor de Íris e, parece uma manteiga normal, só que não é comestível, é uma matéria prima utilizada em perfumes de extrema delicadeza. Poderíamos dizer, tratar-se da manteiga mais cara do mundo. Seu quilo chega a custar milhares de dólares.

24 - Você sabia que a bergamota, uma espécie de laranja, fornece seu sumo para a confecção de perfumes. Na verdade, trata-se do óleo essencial, e esse óleo possui propriedades terapêuticas cicatrizante, anti-infectante e expectorante.

25 - A palavra incenso, derivada do latim "incensum" ( coisa acesa ), refere-se a uma mistura de várias resinas aromáticas que eram queimadas com mirra, benjoim, gálbano e opopânace. O incenso propriamente dito é a resina de uma planta originária da Arábia e Abissínia e, é muito usada em perfumaria.

26 - A palavra aromaterapia foi criada nos anos 20 pelo químico francês René Gattefossé. O interessante é o fato de ter surgido em conseqüência de um acidente em que o químico, ao queimar uma das mãos no laboratório, instintivamente, mergulhou-a no primeiro líquido que viu à sua frente. O alívio foi imediato e, a cicatrização muito rápida. O líquido era óleo essencial de lavanda. Estava descoberta a aromaterapia. 

27 - Quando os óleos essenciais são abundantes nas células de certas madeiras, como o sândalo, cujas raízes e lenho proporcionam quase 61% do seu óleo, seu aroma mantém-se inalterado por muitos anos, mesmo se essas madeiras forem reduzidas a pó posteriormente. 
Por isso o óleo de sândalo além de servir para curar certas doenças, é um excelente fixador de perfumes. 

28 - Divindades e Perfumes : Na Grécia Antiga, dizía-se que os deuses em muitas ocasiões, untavam-se com perfumes, que ao gotejarem a terra, caíam sobre flores e plantas dando-lhes aromas maravilhosos.

29 - Você sabia que o tratado mais antigo sobre perfumes foi escrito na Grécia, em 323 a.C., por Teofrasto, um grande perito em botânica, que sucedeu Aristóteles à frente do famoso Liceu Ateniense. Intitulava-se "Tratado Sobre os Odores" e que até a Idade Média foi considerado o texto básico da perfumaria, pois apresentava uma lista de todas as plantas das quais era possível extrair os óleos aromáticos, e explicava como trabalhar as especiarias?

30 - Patchouli. Símbolo dos hippies nos anos 60, exótico, afrodisíaco, marcante, inconfundível. Esse componente de muitos perfumes de rara fragrância tem inúmeras utilidades terapêuticas, como : antídoto contra picadas de mosquitos e cobras venenosas, repelente de traças, combate a acne e algumas micoses cutâneas, ajuda nos tratamentos de ansiedade e depressão. 

31 - Com aproximadamente 330kg de folhas secas de patchouli, consegue-se extrair 1kg de óleo essencial, que se obtém por destilação.

32 - Você sabia que Napoleão Bonaparte, mandou confeccionar um frasco especial que pudesse inserir na bota de seu uniforme militar e, que enchiá-o com Água de Colônia para poder perfumar-se mesmo no campo de batalha? Isso é que é vaidade! Ainda dizem que apenas os homens modernos são vaidosos.

33 - O máximo de refinamento para um grego dos séculos V e IV a.C. era frequentar os banhos públicos ( como os romanos fariam séculos mais tarde ). Depois da imersão em uma grande banheira cheia de água quente, untava-se com um unguento aromático diferente para cada parte do corpo. 

34 - O morango utilizado na perfumaria não é o mesmo fruto carnudo, grande e vermelho das sobremesas. Em perfumaria utiliza-se o morango silvestre e, geralmente, junto com outros frutos vermelhos como groselha e framboesa, por isso a indicação "frutas vermelhas". 

35 - Você sabe o quê é Manteiga de Cupuaçu?
Resposta : O cupuaçueiro é uma planta originária da Amazônia e, pode viver por até 80 anos, alcançando até 20 metros de altura. Apesar de citado no exterior apenas como mais uma espécie exótica da Amazônia,
suas peculiaridades já estão fazendo com que seja plantada em escala industrial para suprir a demanda que cresce a taxas muito mais elevadas do que o extrativismo de plantas nativas pode suprir. O fruto considerado como um dos mais nobres da floresta amazônica, tem cerca de 20cm de comprimento e cerca de 30kg, contendo de 30 a 40 sementes. Da polpa faz-se doces, sorvetes, cremes, mouses, etc..., das sementes extrai-se uma fração lipídica nobre denominada manteiga de cupuaçu, que possui propriedades singulares de absorção de água, fato este que lhe rendeu o nome de "lanolina vegetal".
A Manteiga de Cupuaçu possui uma capacidade de absorção de água cerca de 240% superior a lanolina anidra, age sobre o tecido humano formando uma película protetora que impede a evaporação de água da pele e tem efeito cicatrizante. Possui aplicação em todo tipo de cosmético nos quais toque sedoso, hidratação prolongada e suavidade, sejam características fundamentais.

36 - Na França do século XVI, o ato de tomar banho lavando todo corpo com água e sabão, era considerado um luxo, praticado uma vez por ano, por isso os perfumes, que disfarçavam os maus cheiros, tinham tanta importância.

37 - Na Roma Imperial ainda não haviam inventado o sabonete, e os cidadãos mais endinheirados tinham o costume de ir às termas uma vez por dia, sendo as mulheres pela manhã e os homens do entardecer por diante. Pagava-se 2 asses ( a metade de 1 sestércio ), cerca de 3 a 4 dólares atuais. Depois de passarem pelos vestiários, saiam com um pequeno pedaço de pano enrolado na cintura, passavam por uma sala chamada de TEPIDARIUM, com uma piscina de água quase fria, em seguida entravam no CALIDARIUM, onde tomavam um banho bem quente e, depois iam direto para o FRIGIDARIUM, onde tomavam banho gelado, dali, iam repousar num local chamado LACONICUM, onde o ar era muito quente e seco. Depois repetia-se tudo de novo. Com a transpiração obtida, conseguia-se uma limpeza profunda, e com azeite, que os escravos lhes friccionavam em todo corpo, limpavam e hidratavam a pele. Finalizavam tudo com muitas misturas perfumadas, principalmente com rosa e álamo, rosa e mirra ou rosa e pinheiro. Iam então para um local onde sentavam-se e conversavam enquanto completavam o relaxamento. Eles inventaram o spa urbano?

38 - Você sabia que a casa de perfumes mais antiga do mundo foi fundada em Londres em 1799, e que seu fundador o jovem James Atkinsons, começou vendendo de casa em casa uma gordura de urso perfumada de rosa, para fixar os bigodes?

39 - A denominação "nariz" dentro da perfumaria, é a pessoa que é treinada para ter uma capacidade olfativa extremamente desenvolvida, como um compositor, que necessita treinar os ouvidos. Os narizes são os criadores dos perfumes e, em seus laboratórios contam sempre com um grande móvel cheio de pequenos frascos com fragrâncias diferentes, esse móvel é chamado de órgão, pois as diferentes essências devem harmonizar-se como notas musicais. Compõe-se um perfume da mesma forma que compõe-se uma música, nota por nota, e pode-se levar horas, dias, semanas ou meses. Portanto, perfumistas, ou melhor dizendo "narizes" e compositores, tem muita coisa em comum.

40 - Você sabia que o âmbar, essa matéria prima muito comum em perfumaria, se deriva da secreção intestinal dos cachalotes, que é expelida naturalmente e que depois de flutuar na água se condensa em blocos porosos compostos por cristais e são recolhidos pelos pescadores na costa de Madagascar, Ilhas Molucas ou na Groenlândia?

41 - O conhecido alecrim, da família das labiadas, além de ser um ótimo tempero para carnes, tem seu óleo essencial muito utilizado na aromaterapia, bom para combater hipotensão, fadiga mental, distúrbios nervosos, dores musculares ou reumáticas. É estimulante e revigorante, mas foi também um dos ingredientes do primeiro perfume alcoólico do mundo, conhecido como água da rainha da Hungria. Você sabia?

42 - Em 1849, com a abertura de um pequeno laboratório em Grasse na França, o jovem químico Molinard marcaria o fim da perfumaria artesanal e inauguraria a era da perfumaria industrial.

43 - No Islã , desde os tempos de Maomé, valiosas substâncias aromáticas sempre foram utilizadas para se obter prazer para o corpo e para o espírito, o próprio Maomé era um apreciador de perfumes. Dentre os mais usados em seu tempo, podemos citar o Mendesium, à base de canela, o Egiptium, à base de cálamo e o Qandi, feito de açucena, mas também a rosa, o jasmim, o sândalo, a mirra, a hena, o nardo e o âmbar-cinza eram muito utilizados, sendo o nardo, o mais valioso na época, e o âmbar-cinza, o mais apreciado pelos reis e príncipes, que o trocavam entre si como presente em sinal de bom augúrio.

44 - Você sabia que a Eau de Cologne 4711, durante anos foi utilizada como tônico revigorante e, que foi Napoleão Bonaparte, em 1810, quem a fez se transformar em perfume? Sua fórmula, até hoje, é um dos segredos mais bem guardados da perfumaria, como a fórmula da coca-cola é para os refrigerantes.

45 - Existem cerca de 10 espécies de manjericão no mundo. Muitos pratos típicos do Mediterrâneo utilizam o manjericão como tempero  Suas propriedades curativas são o combate a picadas de insetos, elixir digestivo, ajuda na cura de resfriados e alivia a bronquite, também ameniza a fadiga mental e a tensão nervosa. É utilizado na fabricação de bebidas e perfumes. No caso, para perfumes mais intensos, as folhas do manjericão não podem ser cortadas suavemente com uma tesoura, mas sim arrancadas com força. No antigo Egito, as folhas secas do manjericão  era um dos principais componentes que compunham o bálsamo utilizado para a mumificação.

46 - Você sabia que a Amazônia é o mais importante ecossistema do mundo, que abrange 9 países da América do Sul, incluindo 61% do território brasileiro ?

47 - Você tem ideia de quantas espécies vegetais são encontradas na Amazônia ? Estima-se algo em torno de 30 milhões, mas apenas uma pequena porcentagem foi estudada até o momento.
Esta riqueza incalculável vem sendo destruída sistematicamente pela indústria madeireira, que se fosse mais esperta, ao invés de explorar toda madeira, investiria no plantio sustentável de espécies com fins madeireiros e ampliariam seu ramo de atividades na exploração controlada e sustentada dessa biodiversidade fabulosa que encanta todo mundo e é fundamental para a sobrevivência do planeta.
O número de espécies vegetais é tão grande que não se tem ideia de quantos benefícios poderia trazer para a humanidade em termos nutricionais, farmacêuticos e cosméticos. Toda essa riqueza seria muito mais rentável e lucrativa que toda madeira que ela pode nos oferecer e, sem precisar destruir a mata. Será que eles vão acordar a tempo ?

48 - A Lavanda. Você sabia que ainda hoje, na costa mediterrânea, a espiga da lavanda é considerada um amuleto para atrair prosperidade, fecundidade e riqueza.

49 - Os astrólogos dizem que a lavanda cria uma aura que irradia magnetismo, tanto nas coisas como nas pessoas com as quais entra em contato.

50 - Dizem os astrólogos, que a menta ( hortelã ), estimula as atividades cerebrais e desenvolve a memória dos desmemoriados e dos estudantes que dão o famoso "branco" na hora de uma prova. Portanto, uns dias antes de fazer algum exame, procure tomar algumas xícaras de chá de hortelã fresca, estilo Chá Marroquino, além de ser muito gostoso, deixará sua memória afiadíssima. 

51 - Ao Comprar um perfume : Se é mulher, nunca faça a escolha no período menstrual  pois o grau de acidez da pele pode estar diferente do habitual e, reagirá de forma diferente com o perfume, alterando sua fragrância.
Se estiver resfriado ou com febre, sua escolha também será prejudicada.
É muito importante que quando for escolher um perfume, a pessoa esteja calma e feliz.
A escolha deve ser bem orientada. Informe ao atendente que tipo de fragrância deseja ( amadeirada, cítrica, floral, marinha, exótica ), isso facilitará as opções que lhe serão oferecidas, evitando que lhe mostrem muitas variedades, o que acabaria atrapalhando sua escolha.

52 - Porque você usa um perfume ?
A : Para sentir-se sempre com aquele cheirinho de limpeza.
B : Por que ganhou de presente e quer agradar o companheiro ou a companheira.
C : Viu a propaganda do último lançamento e quer estar na moda da perfumaria.
D : Ou você faz parte do grupo dos loucos por perfumes e sente um grande prazer no ritual de comprar uma fragrância nova, ou de repetir a compra do seu inseparável cheiro preferido.

53 - Na linguagem das flores, as violetas significam "penso em você e sinto sua falta".
Dentre as 400 espécies existentes, apenas de uma, a Viola Odorata, extrai-se o perfume romântico e feminino que tanto agrada as mulheres maduras.