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sábado, 1 de dezembro de 2012



Trombose de viajante

Mirian Ribeiro

A morte do ator e diretor Marcos Paulo no domingo (11) chamou a atenção para um problema que muita gente desconhece: a embolia pulmonar, uma situação potencialmente fatal, considerada uma das principais emergências médicas. O quadro pode se instalar se a pessoa for acometida por Trombose Venosa Profunda, ou TVP, uma enfermidade caracterizada pela formação de coágulo dentro de uma veia. A embolia acontece quando um fragmento do coágulo se desprende e obstrui a chegada do sangue ao pulmão - fenômeno parecido com o que ocorre no infarto e no acidente vascular cerebral (AVC).

Uma origem comum para a formação dos coágulos são as longas viagens - seja carro, ônibus e
, principalmente, avião -, que obrigam a imobilidade prolongada das pernas, por isso a doença também é conhecida por "trombose do viajante". "Qualquer voo com mais de quatro horas aumenta em cinco vezes o risco de uma trombose em uma pessoa normal", disse o cirurgião vascular Francisco Osse, diretor do Centro Endovascular de São Paulo.

No caso de Marcos Paulo, além da viagem de Manaus ao Rio de Janeiro feita no dia 11, havia também o histórico de câncer (o artista retirou um tumor do esôfago em 2011), considerado outro fator de risco, da mesma forma que o tabagismo e o uso da pílula anticoncepcional. "Tudo que facilite a coagulação do sangue aumenta o risco", apontou Roberto Stirpulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Quando suspeitar e como prevenir
A trombose costuma causar dor, inchaço e vermelhidão na perna acometida, que pode também ficar quente. Porém em muitos casos não há um sinal de doença da perna. Já a embolia pulmonar se manifesta como falta de ar que começa abruptamente, dor no peito e tosse que pode ter eliminação de sangue.
Se o fator desencadeante é o longo período de imobilidade, cuidados simples podem evitar o problema: caminhe ao longo da aeronave ou do ônibus para exercitar a panturrilha; nas paradas dos ônibus desça e ande; no caso de não poder ou não querer levantar do assento, um exercício muito útil é flexionar os pés para cima e para baixo no tornozelo, sem mexer as pernas. Esse exercício contrai a musculatura da perna simulando o efeito da caminhada e deve ser feito repetidas vezes.

De automóvel, é recomendável a interrupção periódica da viagem para "esticar as pernas". Não se esqueça de beber bastante água, usar roupas leves e confortáveis e evitar o excesso de álcool, antes e durante as viagens.

O que acontece
O sangue que vem das células de todo o corpo passa pelo pulmão para receber oxigênio - transformando-se de sangue venoso para sangue arterial. De lá, ele vai para o coração e é bombeado para todo o corpo novamente.

Quando uma pessoa passa muito tempo sem andar - ou, principalmente, sem ativar o músculo da panturrilha - a circulação da perna fica comprometida e o sangue tende a coagular. Além disso, o ar seco do ar condicionado faz com que o organismo perca líquido e o sangue fique mais espesso, o que também aumenta a coagulação.

Segundo Francisco Osse, a trombose é mais comum nas pernas, mas pode ocorre em qualquer lugar do corpo. "As veias das pernas são mais largas que a dos pulmões. Por isso, o coágulo não provoca um bloqueio com a mesma frequência que isso acontece nos órgãos respiratórios".

Debbie Schiel /  sxc.hu - Image bank

(FONTE: mensagem recebida via E-mail - desconheço a fonte)

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