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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

MEDICOS SEM FRONTEIRAS

História

Médicos Sem Fronteiras foi criada em 1971 por um grupo de jovens médicos e jornalistas que, em sua maioria, tinham trabalhado como voluntários em Biafra, região da Nigéria, que, no final dos anos 60, estava sendo destruída por uma guerra civil brutal.

Enquanto trabalhavam para socorrer as vítimas do conflito, eles perceberam que as limitações da ajuda humanitária internacional da época eram fatais. Para tratar dos doentes e feridos era preciso esperar por um entendimento entre as partes em conflito zou pela autorização oficial das autoridades locais. Além do emperramento burocrático, os grupos de ajuda humanitária não se manifestavam diante dos fatos testemunhados.

Em 1971, o sentimento de frustração desse grupo e a vontade de assistir às populações mais necessitadas de modo rápido e eficiente deram origem a Médicos Sem Fronteiras. A organização surgiu com o objetivo de levar cuidados de saúde para quem mais precisa, independentemente de interesses políticos, raça, credo ou nacionalidade. No ano seguinte, MSF fez sua primeira intervenção, na Nicarágua, após um terremoto que devastou o país. Hoje, mais de 22 mil profissionais trabalham com Médicos Sem Fronteiras em mais de 70 países.

Médicos Sem Fronteiras no Brasil

O Brasil, embora seja, hoje, a 12a economia mundial, se caracteriza por ter uma das piores distribuições de renda do mundo. Isto, na prática, significa que os 10% mais pobres da população brasileira dividem 0,7% da renda, enquanto os 10% mais ricos concentram 48% dela. Além disso, 40 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza.

Estes números criam um contexto de pobreza e exclusão social que trouxeram Médicos Sem Fronteiras para o Brasil. No Brasil, o acesso à saúde é garantido pela constituição federal, mas é limitado na prática. Paralelamente ao trabalho junto a populações desfavorecidas, o objetivo de MSF aqui é sensibilizar a sociedade civil brasileira acerca das situações de extrema dificuldade enfrentadas pelas comunidades excluídas. Esta sensibilização se dá através dos meios de comunicação, da organização de manifestações e, em casos extremos, de denúncias públicas.

Médicos Sem Fronteiras atua tanto em contextos emergenciais – como epidemias, catástrofes naturais e conflitos –, como em contextos estáveis onde a exclusão social ocasiona o sofrimento de milhares de pessoas. Embora tenha sido o advento de uma epidemia de cólera na Amazônia, em 1991, que trouxe MSF para o Brasil, o trabalho hoje é caracterizado por projetos de desenvolvimento de médio prazo, dentro de um contexto relativamente estável, porém caracterizado pela desigualdade e pela violência cotidiana. Em 1993, motivado pela situação de exclusão social e violência no Rio de Janeiro, que chegava aos noticiários internacionais, MSF envia uma equipe de profissionais para a cidade com o intuito de investigar a situação, avaliar a necessidade de atuação e planejar ações.

Os projetos de MSF no Brasil se caracterizam pelo desenvolvimento de iniciativas médico-sociais, das quais a população assistida participa ativamente. A proposta de MSF é funcionar como um elemento catalisador de mudança social, através de ações que garantam a sustentabilidade dos projetos.

Durante este processo, a organização procura contribuir para que as populações atendidas se organizem, de modo que elas mesmas possam lutar por seus direitos. Os projetos também buscam um diálogo com representantes do poder público, criando um canal de comunicação entre as comunidades excluídas e os governos, para reafirmar o compromisso do Estado em atender as necessidades dessas populações.

As atividades de Médicos Sem Fronteiras no Brasil são financiadas, em sua maioria, com recursos de doações de cidadãos de vários países, inclusive do Brasil.

Para saber mais acessem http://www.msf.org.br

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