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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007


A HISTÓRIA DO PERFUME

“O que todo ser humano procura, mais ou menos inconscientemente de um perfume, é o que faz com que se pareça consigo mesmo e, no entanto, o distingue de todas as outras pessoas”
Em 1992, Al Pacino emocionou as platéias com o filme “Perfume de Mulher”, em que interpretava um militar reformado cego, capaz de identificar a personalidade e o tipo físico das mulheres de quem se aproximava pelo perfume que estavam usando.
Isto indica, talvez, que nosso sentido do olfato é um sentido muito mais rico e profundo do que pensamos.
De fato, o perfume é muito mais do que um prazer dos sentidos. É também uma mensagem, algo do próprio ser humano, projetando no exterior seu “eu” profundo, seus gostos, suas aspirações secretas.
A história do perfume começou quando o homem primitivo aprendeu a fazer o fogo e descobriu que certas plantas desprendiam fragrâncias agradáveis quando eram queimadas. Passaram, pois, a oferecê-las aos deuses como forma de agradecimento.
O nome “Perfume” deriva do latim “per fumum” ou “pro fumum”, que significa “através do fumo”.
Todos os templos da Babilônia, Assíria, Egito, Roma e Grécia tinham seus perfumistas exclusivos. Os mais antigos frascos de perfumes de que se tem notícia datam de 5000 A.C. Eram fabricados na Mesopotâmia e no Egito com alabastro e pedra, por serem os materiais preferidos, devido a não serem porosos.

O uso do perfume na antigüidade:
Os egípcios preparavam uma mistura de madeira, cujos componentes – o benjoim, o galbano – eram triturados e aglutinados com mirra e azeite de oliva. Esta mistura era queimada durante os rituais. Relato Bíblico no livro Êxodo cap.30, v.1 e 7: “Farás também um altar para queimar os perfumes; e, Aarão queimará sobre ele um incenso de suave cheiro” (A queima de perfumes era símbolo da oração que sobe a Deus e que é por Ele recebida por partir de um coração fervoroso e devoto).
Foi na Índia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres perfumistas.
Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados de higiene e medicina. Eles produziram elixires partindo de plantas e animais com propósitos cosméticos e terapêuticos. Avicena, (980 – 1073), médico árabe, descobriu, por acaso, os princípios básicos da destilação a vapor, enquanto pesquisava poções medicinais com flores e madeiras aromáticas.
Existem várias lendas que envolvem o surgimento do perfume. Uma delas relata que o perfume foi uma criação da Deusa Vênus (mitologia Grega), que certa vez teria ferido o dedo e dele caído uma gota de sangue sobre uma rosa. Cupido (Deus do Amor) por sua vez, beijou a rosa e teria selado a alquimia, transformando o sangue de Vênus em fragrância.
A história do perfume remonta há três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe ainda. Na antigüidade, as fragrâncias florais costumavam ser produzidas na capital mundial dos perfumes, a Babilônia. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração (esmagamento) de pétalas de rosas.
Hoje, a indústria se desenvolveu a tal ponto, que esse aroma é obtido sinteticamente. O perfume Chanel no 5 deu início a um bom no uso dos aldeídos na fabricação de perfumes. Outro mérito do Chanel no 5 foi reforçar a associação entre o uso do perfume e o jogo de sedução. A discussão ganhou fôlego na década de 50, quando a atriz Marilyn Monroe declarou que usava apenas uma gotinha desse perfume para dormir. Mas a relação entre aroma agradável e apelo sensual vem de épocas remotas.
São necessários entre 6 a 18 meses para criar um perfume. É um período mágico em que as matérias primas se transformam em odor.

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