Receita de ano novo
- Carlos Drummond de Andrade -
Para você ganhar um belíssimo ano novo, cor de arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido – mal vivido talvez ou sem sentido;
para você ganhar um ano, não apenas pintando de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir a ser novo, até no coração das coisas menos percebidas – a começar pelo seu interior;
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha;
você não precisa beber champanhe ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens – planta recebe mensagem? Passa telegrama?
Não precisa fazer lista de boas intenções, para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido, pelas besteiras consumadas, nem parvamente acreditar que, por decreto da esperança, a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
(FONTE: http://www.dejovu.com/mensagens/ver/?574)






Provavelmente você já se deparou com pessoas complicadas dentro da empresa, pessoas que estão a todo tempo reclamando, dizendo que tudo é impossível, desrespeitando o próximo, sendo muito agressivo e por aí vai.




Li uma história que ilustra bem o título deste texto. “Eram quatro: o garimpeiro, a esposa, o filhinho e o cão. Depois ficaram três: a jovem esposa adoentada não suportou o rigoroso inverno e, muito doente, veio a falecer. Mas o trabalho não podia parar. Enquanto o garimpeiro procurava diamantes que lhe garantiriam o seu sustento, o cão ficava na cabana tomando conta do bebê.

